-Mamã! Mamã! Caiu um dente!
E vai Pedrito correndo pela sala, gritando de dente na mão. Um dia, vira um menino sem dentes e achou muito feio, mas a sua mãe disse-lhe que os dentes de leite iriam cair, mas depois voltariam a nascer uns novos e fortes. Contou-lhe que, desde há muito tempo, existe uma fadinha, a Fada-dos-dentes, e que sempre que caía um dente aos meninos, eles deixavam o dente debaixo da almofada, a fada vinha de noite e trocava o dente por um presente. Pedrito empolgado encontra a mãe.
-Mamã! Quero que chegue a noite. Vou pedir um presente à Fada-dos-dentes! Olha, caiu-me um!
-Calma, Pedro. Vamos jantar agora, depois vestes o pijama, lavas os dentes e vais deixar o teu dente para a Fada, então…
Entretanto, chega o irmão mais velho de Pedrito, que apanha a conversa a meio.
-Oh Pedrito! Tu acreditas na Fada-dos-dentes, também? – Diz-lhe ele com um ar espantado. Ricardo sempre foi um menino que acreditava na magia, e no mundo mágico. Já tinha dezasseis anos, mas continuava a crer nisso.
-Sim, mano! A Fada-dos-dentes vai dar-me um presente! O meu dente caiu!
-Uau! Olha, queres que te conte uma história? Do meu primeiro dente que caiu?
-Sim! Quero muito! Conta-me, mano…
Sentaram-se ambos no sofá, depois de jantar, e Ricardo começou…
-A mãe, um dia, contou-me que existia a Fada-dos-dentes. Eu não acreditava. O mano tinha a mania que os mundos mágicos não existiam. Até que ela disse para eu deixar mesmo o meu dente debaixo da almofada, que logo a fada vinha trocar o dente por um presente. Eu era teimoso e queria provar á mãe que não havia fada nenhuma, por isso, deixei o dente debaixo da almofada. Adormeci, e no dia seguinte levantei-me e não estava dente nenhum debaixo da almofada, sabes o que estava? Um saquinho de moedas de chocolate. Não queria acreditar. Desde esse dia que estava sempre à espera que caísse outro dente, para ficar acordado e ver quem trocava os meus dentes por moedas de chocolate. Umas semanas depois, caiu outro dente. Pu-lo debaixo da almofada, e deixei-me ficar acordado. A janela estava aberta, quando vejo uma luzinha na minha direcção. Fechei os olhos e fiz de conta que estava a dormir. Ouvi uma voz pequenina e fininha resmungar e, quando a senti debaixo da almofada, levantei-a e apanhei a fada com um copo. Larguei logo. Podia sufocá-la e estava muito espantado.
-Oh, menino! O que fazes tu acordado, ainda?
-Não acredito! És mesmo uma fada!
-Pois claro que sou! – Diz-lhe ela sacudindo as asas. – E dos dentes!
Eu toquei-lhe com muito cuidado e ela era real! Conversámos muito! Até o amanhecer. Ela tornou-se minha amiga e vinha todas as noites dar-me um pozinho de soninho bom. Mas um dia, já tinha os dentes todos fortes e ela foi despedir-se de mim. Chorámos muito. Eu não queria que ela não aparecesse mais, mas ela prometeu que um dia voltaria. E olha o que me deu: um fio, esta moeda é da sorte, é mágica! Anda sempre comigo. E pronto. Nunca mais vi a minha Fada.
Pedrito escutava o irmão, extasiado.
-Uau! Mano! Eu vou conversar também com a tua fada! Posso?
-Sim, vamos esperar por ela esta noite, boa?
-Sim! Sim! Sim!
Pedrito estava mesmo entusiasmado com tudo aquilo.
Deitaram-se. Ricardo dormiu com Pedrito. Fingiram que dormiam quando viram a luz.
-Shiuu! Fecha os olhos. – sussurra Ricardo.
Ricardo ouve a voz que lhe era familiar, e dá um pulo.
-Fadinha! És tu!
-Ah! Quase morria de susto! – grita a fadinha ofegante.
Pedrito, espantado, toca-a.
-És mesmo real! O mano tem razão.
-Sim! Esperavas outra coisa? Vocês são mesmo irmãos. – diz ela em tons de graça, na direcção do Ricardo, para lhe lançar uns pozinhos. – Tinha saudades tuas, já! – diz-lhe, enquanto liberta também pozinhos sobre Pedrito.
Ficaram toda a noite a falar e, desde então, a fada voltou a visitar Ricardo, porque vinha também ver Pedrito.
Porque os pequeninos, podem receber visitas mágicas…
E vai Pedrito correndo pela sala, gritando de dente na mão. Um dia, vira um menino sem dentes e achou muito feio, mas a sua mãe disse-lhe que os dentes de leite iriam cair, mas depois voltariam a nascer uns novos e fortes. Contou-lhe que, desde há muito tempo, existe uma fadinha, a Fada-dos-dentes, e que sempre que caía um dente aos meninos, eles deixavam o dente debaixo da almofada, a fada vinha de noite e trocava o dente por um presente. Pedrito empolgado encontra a mãe.
-Mamã! Quero que chegue a noite. Vou pedir um presente à Fada-dos-dentes! Olha, caiu-me um!
-Calma, Pedro. Vamos jantar agora, depois vestes o pijama, lavas os dentes e vais deixar o teu dente para a Fada, então…
Entretanto, chega o irmão mais velho de Pedrito, que apanha a conversa a meio.
-Oh Pedrito! Tu acreditas na Fada-dos-dentes, também? – Diz-lhe ele com um ar espantado. Ricardo sempre foi um menino que acreditava na magia, e no mundo mágico. Já tinha dezasseis anos, mas continuava a crer nisso.
-Sim, mano! A Fada-dos-dentes vai dar-me um presente! O meu dente caiu!
-Uau! Olha, queres que te conte uma história? Do meu primeiro dente que caiu?
-Sim! Quero muito! Conta-me, mano…
Sentaram-se ambos no sofá, depois de jantar, e Ricardo começou…
-A mãe, um dia, contou-me que existia a Fada-dos-dentes. Eu não acreditava. O mano tinha a mania que os mundos mágicos não existiam. Até que ela disse para eu deixar mesmo o meu dente debaixo da almofada, que logo a fada vinha trocar o dente por um presente. Eu era teimoso e queria provar á mãe que não havia fada nenhuma, por isso, deixei o dente debaixo da almofada. Adormeci, e no dia seguinte levantei-me e não estava dente nenhum debaixo da almofada, sabes o que estava? Um saquinho de moedas de chocolate. Não queria acreditar. Desde esse dia que estava sempre à espera que caísse outro dente, para ficar acordado e ver quem trocava os meus dentes por moedas de chocolate. Umas semanas depois, caiu outro dente. Pu-lo debaixo da almofada, e deixei-me ficar acordado. A janela estava aberta, quando vejo uma luzinha na minha direcção. Fechei os olhos e fiz de conta que estava a dormir. Ouvi uma voz pequenina e fininha resmungar e, quando a senti debaixo da almofada, levantei-a e apanhei a fada com um copo. Larguei logo. Podia sufocá-la e estava muito espantado.
-Oh, menino! O que fazes tu acordado, ainda?
-Não acredito! És mesmo uma fada!
-Pois claro que sou! – Diz-lhe ela sacudindo as asas. – E dos dentes!
Eu toquei-lhe com muito cuidado e ela era real! Conversámos muito! Até o amanhecer. Ela tornou-se minha amiga e vinha todas as noites dar-me um pozinho de soninho bom. Mas um dia, já tinha os dentes todos fortes e ela foi despedir-se de mim. Chorámos muito. Eu não queria que ela não aparecesse mais, mas ela prometeu que um dia voltaria. E olha o que me deu: um fio, esta moeda é da sorte, é mágica! Anda sempre comigo. E pronto. Nunca mais vi a minha Fada.
Pedrito escutava o irmão, extasiado.
-Uau! Mano! Eu vou conversar também com a tua fada! Posso?
-Sim, vamos esperar por ela esta noite, boa?
-Sim! Sim! Sim!
Pedrito estava mesmo entusiasmado com tudo aquilo.
Deitaram-se. Ricardo dormiu com Pedrito. Fingiram que dormiam quando viram a luz.
-Shiuu! Fecha os olhos. – sussurra Ricardo.
Ricardo ouve a voz que lhe era familiar, e dá um pulo.
-Fadinha! És tu!
-Ah! Quase morria de susto! – grita a fadinha ofegante.
Pedrito, espantado, toca-a.
-És mesmo real! O mano tem razão.
-Sim! Esperavas outra coisa? Vocês são mesmo irmãos. – diz ela em tons de graça, na direcção do Ricardo, para lhe lançar uns pozinhos. – Tinha saudades tuas, já! – diz-lhe, enquanto liberta também pozinhos sobre Pedrito.
Ficaram toda a noite a falar e, desde então, a fada voltou a visitar Ricardo, porque vinha também ver Pedrito.
Porque os pequeninos, podem receber visitas mágicas…
5 comentários:
É uma pena os adultos não receberem essas visitas mágicas...ou será que recebem!? :))
Gosto de pensar que sim, mas isso não é a minha cabeça a pensar, :)) deve ser masmo o coração ♥
Ola minha cara amiga virtual!!! não imagina o sorriso enorme e franco que disparei quando vi a palma da sua mão impressa na tela branca...!
Ando escorregadio mais pelo tempo q me me arrepanha a mioleira do que pelos afazeres agora brandos.Assim sendo prometo voltar e lê-la com atenção!
Até já!
Sónia, mais um texto magnifico, digno tal como os outros de ser editado.
Ao Ivo nunca lhe falei da Fada, mas a Beatriz, foi crescendo a acreditar na fada-dos-dentes, caia um e era colocado debaixo da almofada.
Esta fada, não dava presente, mas sim moedas, cada dente, cada moeda.
De tal forma, que esta menina, mal sentia um a abanar, fazia questão de o abanar tanto para cair e assim colocá-lo debaixo da almofada.
Um dia, achando que já estava crescida demais, resolvi de mansinho contar a verdade.
O que eu fiz, a desilusão foi total, que tristinha que a minha Patanisca ficou, cada vez que se fala nisso, olha para mim furiosa, mas encantada de ter passado pelas magias da infancia :))))
Beijinho grande
Eu também acredito na magia e na fadinha dos dentes.
Que bonito.
vai escrevendo que qualquer dia ainda conto as tuas histórinhas aos meus miudos.
beijinho, minha linda.
Eu acredito neste mundo mágico, basta deixar que a inocência da criança que tenho dentro de mim venha à superfície. Os teus contos têm o condão de me lembrar do quão importante é esta magia.
Mais uma vez parabéns e beijinhos com raios de Sol
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